15 de março de 2009

  • Quando o Outono derruba uma flor... A Primavera coloca outra no lugar!*

13 de março de 2009

Livros de Interesse sobre o tema: Cancro

  • "Aprender sobre cancro", de Teresa Carvalho
  • "A pessoa com cancro", de Sérgio Barroso
  • "Falar sobre cancro", de Helena Gervásio
  • "O cancro em diferentes idades", de Ricardo da Luz

27 de fevereiro de 2009

A escolha do Slogan

"Uma imagem, um rosto... O Sentimento de Si!"

  • A escolha deste slogan foi baseada numa observação da sociedade actual, visto que esta, cada vez mais, julga as pessoas pelo seu exterior e não pelo seu interior.
  • Uma vez que o nosso trabalho visa referir a "Auto-imagem de doentes pós-situações cancerígenas", tencionamos valorizar o interior não excluindo na totalidade o exterior, mas referindo o que este simboliza.
  • Assim, a ideia da "imagem" é a representação de uma sociedade padronizada, enquanto que o "rosto" é a representação do singular, sendo o "Sentimento de Si" as diferentes perspectivas do doente.

Mas o que é afinal a auto-estima?

A auto-estima é de uma importância primordial na nossa personalidade, funcionando como uma auto-cura, levando-nos ao auto-conhecimento. Aprendemos que devemos amar ao próximo, acarinhar e cuidar…mas esquecemos, muitas vezes, que para amarmos ao próximo, devemos em primeiro lugar amar,cuidar e nutrir um carinho por nós mesmos.

A auto-estima não chega pronta. Depende apenas de nós, porque é um processo que vem de dentro para fora… porque a pessoa que está mais perto de nós, somos nós mesmos. Se amar é uma construção diária, independente das situações que estamos vivendo. Em primeiro lugar, para termos uma auto-imagem positiva, temos que nos aceitar do jeito que somos, sem precisar usar máscaras, para mostrarmos o que não somos…isso não é amar a si mesmo. Quando estamos passando por momentos conflitantes, em relação a nós mesmos ou por situações externas, a auto-estima, acompanhada de uma auto-imagem positiva, funciona como fator preponderante para nosso equilíbrio emocional. Quem se ama, não terá pensamentos negativos, nem em relação a si, nem ao outro, porque sua auto-imagem, é positiva. Se eu me amo, quero ver o outro feliz… Se eu me amo vivo em liberdade, dando liberdade ao outro… Se eu me amo, eu cresço com os obstáculos, sem nunca deixar fugir, o sorriso da minha face.

  • De: Clara da Costa

A nossa opinião em relação a este projecto

É neste artigo que cada uma de nós dá a sua opinião, exprime os seus sentimentos em relação a este tema, a este trabalho.
  • Catarina Pereira

Bem, estou sentada na minha cama, a escrever o texto onde digo o que penso e sinto sobre o trabalho de Área de Projecto, um trabalho bastante interessante. Contudo, estou um pouco insegura e receosa, tenho medo de falhar. Tenho medo de ferir alguém pela forma como falo ou por alguma acção inconsciente que faça. Questiono-me várias vezes sobre: O que sentirão as pessoas com quem vou falar? Qual é a forma mais correcta de falar com elas? Será que é fácil dar o seu testemunho? Perguntar-se-ão: Porquê? Porquê eu? O que estará por debaixo de tanta fragilidade, na doença ou na cura? No fundo, são pessoas iguais a todas as outras, só que o destino ou outra coisa qualquer pregou-lhes uma rasteira, uma rasteira à qual estas pessoas têm de lutar com a maior das forças. Penso que por detrás de um rosto triste e sofrido, está uma enorme vontade de viver. Sei que vou aprender bastante com o trabalho, mas por enquanto a ansiedade de trabalhar, a insegurança, o receio e o medo fazem parte de mim. No final do trabalho só espero ter um balanço bastante positivo. Não me posso ir abaixo, tenho que ter força para transmitir a quem precisa.

  • Clélia Cardoso

Estamos no início do trabalho, sinto-me entusiasmada, mas não consigo por de parte este sentimento de dúvida, este medo de enfrentar o que vem por entre tantos quartos de hospital e salões de cabeleireiro. Por vezes olho-me ao espelho, e tenho dificuldade de fazer a minha auto-imagem, de pintar o meu retrato. O que sentirão eles? O que pensarão eles? Será que têm coragem de se olhar ao espelho? Será por não conseguirem pintar o seu retrato? Ou por já terem os seus retratos numa exposição, chamada sociedade actual? Assumo o meu medo de magoar e sofrer… Tenho medo de magoar como me magoam nos momentos em que me sinto inferiorizada em relação a pessoas tão normais quanto eu. Tenho medo de sofrer por olhar à minha volta e ver que muita gente sofre e existe quem não tenha sequer conhecimento da sua dor. É complicado explicar o quanto tenho que me esforçar, para mostrar a dificuldade que cada uma destas pessoas sente, todos os dias em que se levantam, para enfrentar o mundo de cabeça erguida, por vezes descoberta. A nossa sociedade actual tem uma imagem, mas não alcança um rosto, um sofrimento, uma lágrima, uma sala de quimioterapia ou mais uma sessão de radioterapia. A grande limitação não está nos utentes, está em nós. Começa na nossa maneira de olhar e acaba na nossa maneira de agir. A cada imagem deveria corresponder um rosto e não um julgamento.

  • Diana Nogueira

De regresso às aulas… Uma nova etapa começa… É necessário escolher tema para a disciplina de Área de Projecto. Surgiram as mais variadas ideias e algumas bastante interessantes. Porém, uma despertou imenso a minha atenção e sensibilidade. Encantou-me o facto de poder falar-vos da história de pessoas que tiveram ou têm cancro: os seus sentimentos, pensamentos, auto-imagem, e muitos outros aspectos importantes para essas pessoas e que nós, cidadãos alheios, não nos apercebemos. A sociedade como um todo dá demasiada relevância, a meu ver, à aparência física, esquecendo-se, na maior parte das vezes, do que está por detrás de um rosto. É idealizada de imediato uma imagem que não corresponde na íntegra à realidade dessas pessoas. O cancro provoca modificações físicas, é certo, mas também modificações psicológicas. Os porquês, os medos, as dúvidas tornam-se constantes nas suas vidas… No entanto, a força, a coragem e a determinação que procuram e demonstram continuamente é algo que admiro e dou muito valor. A verdade é que a fraca aparência esconde, às vezes, muita fibra! Apesar deste meu encanto, receio que o interesse por este tema possa causar-me alguma instabilidade emocional e possa, de certo modo, ferir essas pessoas.

  • Inês Oliveira

Aqui estou eu, na paz e no silêncio do meu quarto, a pensar como hei-de exprimir os meus sentimentos em relação a este trabalho: “Auto-imagem de doentes pós situações cancerígenas”. Quando falamos em auto-imagem, falamos certamente de uma visão que temos de nós próprios, do nosso aspecto, da nossa aparência, mas será que aqueles que todos os dias lutam para vencer um cancro por entre corredores de hospitais e sessões de quimio e radioterapia têm essa mesma visão? Sinto-me entusiasmada e sensibilizada para compreender os sentimentos, os medos e os receios destas crianças e destes adultos por quem a vida, por algum motivo, deixou de sorrir, pois nem sempre é fácil acreditar e aceitar a verdade. A vida nem sempre corre da maneira que a gente quer e é por isso que temos que estar preparados “para o que der e vier”. Erguer os braços, levantar a cabeça, para continuar a longos passos, o caminho da nossa vida... É preciso viver-se intensamente o dia de hoje pois o ontem já passou e o amanhã pode não vir. Espero com a realização e exposição deste trabalho, sensibilizar todas as pessoas para um problema que, cada vez mais, faz parte da nossa sociedade e ao qual não podemos, por vezes, fugir.

Pedimos agora a quem queira dar também a sua opinião em relação a este tema que deixe o seu comentário.

20 de fevereiro de 2009

Planificação do Projecto

Tema: "Auto-imagem de doentes pós-situações cancerígenas"

Slogan: Uma imagem, um rosto... O Sentimento de Si!

Objectivos:

  • Sensibilizar a comunidade escolar para a não discriminação;
  • Compreender a pessoa no contexto da doença;
  • Compreender a doença;
  • Promover o apoio aos utentes em situações de cancro;
  • Reflectir sobre a doença na existência humana.

O grupo: Somos quatro alunas do 12º ano da turma 1C da Escola Secundária Avelar Brotero de Coimbra:

  • Catarina Pereira
  • Clélia Cardoso
  • Diana Nogueira
  • Inês Oliveira